terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Mudar de Vida: Comunique ao mundo a sua nova atividade



No mês de Outubro fui entrevistada pela Revista Men’s Health no marco de uma reportagem sobre “Mudar de Vida”. Uma vez que estamos quase a finalizar o ano, uma época de reflexão, novos propósitos e, porque não, mudança de vida, deixo aqui um enxerto desse trabalho, dicas sobre como comunicar ao mercado de trabalho –e ao mundo- uma nova atividade:

1.    Conhecer o nosso público
Saber quais são as competências e o tipo de experiência que procura o sector laboral onde pretende inserir-se.

2.    Criar uma mensagem

Com base na informação recolhida, deve preparar uma mensagem que destaque a experiência e habilidades que respondam à  oferta do mercado. Não é adaptar a informação a um modelo de CV. É criar uma mensagem transversal com diferentes veículos (cartas de apresentação, reuniões, apresentações e conversas de elevador, entre outras) criando uma comunicação simples, clara e apelativa.

3.    Adaptar a sua proposta de valor

Seja numa reunião de apresentação do seu novo projecto ou uma carta de apresentação para uma nova função, é fulcral destacar qual seria a sua proposta de valor para essa empresa. Não indique uma mais-valia genérica, mas sim um contributo real, se possível, quantificável.

4.    Criar o seu spot de 30”

Tanto em reuniões sociais como em encontros de trabalho é pouco o tempo de que dispomos para comunicar o que sabemos fazer. Tal e como na publicidade, temos de ter o nosso spot. Frases curtas, muito apelativas que comuniquem o que você faz e, ainda mais importante, como o faz.

5.    Treinar, treinar e treinar
Tal como em matéria de oratória e apresentações, não há uma fórmula mágica para brilhar. O segredo é organizar a informação de maneira persuasiva, aprender algumas técnicas e praticar, muito. Apresente o “seu spot” a familiares e amigos e tire proveito do feedback.

6.    Divulgue

Cada jantar, reunião de pais no colégio e encontros no elevador são oportunidades para promover a sua nova actividade. Aproveite-as.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Partido acusa PowerPoint por perdas de 110 mil milhões na produtividade Europeia: Culpa do software ou da mensagem?

Ontem, uma curiosa informação destacava-se nos titulares do Jornal Público: “Partido suíço quer banir PowerPoint para melhorar a produtividade”. À margem de criticar o objectivo do Anti-PowerPoint Party (APPP), já que afortunadamente ainda existe em muitos locais do mundo o pensamento plural e a liberdade de associação sobre qualquer tema, esta informação permite-me sublinhar um facto que encontro no meu exercício como perita em comunicação oral e é que cada dia são realizadas apresentações que estão mal estruturadas, são confusas e pouco persuasivas. Segundo o David Paradi, autor da Guia do PowerPoint (Prentice Hall, 2006), aproximadamente 30 milhões de apresentações são realizadas cada dia na América, e –a maioria- fica muito aquém das expectativas da audiência. E é por causa dela, o melhor dizendo, da falta de atenção nela, é que as apresentações traduzem-se em perca de tempo e dinheiro. Nosso trabalho como comunicadores ou apresentadores é ser mentores da audiência, conduzi-los a um local onde encontrar respostas ás suas necessidades, oferecer informação que seja uma mais valia para as suas carreiras. Lamentavelmente, as apresentações são construídas sem pensar no público que irá recebê-las, constituindo isto um problema orgânico que faz delas blocos impessoais de informação, cujo efeito é desmotivador, tal e como afirma o líder do partido APPP.

Por tanto, em lugar de criticar a ferramenta, o software de apresentação, que, como tantos outros, só serve de apoio audiovisual à mensagem que se quer transmitir, uma solução para evitar as percas milionárias citadas no artigo –cujo processo matemático da fonte não fica muito claro- é trabalhar numa  estrutura apelativa da mensagem, com base no conhecimento da audiência, nas suas necessidades e interesses, que é a herói no percurso comunicativo implícito nas apresentações, onde o apresentador é só um mentor, um guia. Uma audiência que conecta com a mensagem, vai compreender e dar suporte a visão do comunicador, vai mobilizar-se, que é o objectivo de toda apresentação, inspirar audiências.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

"Gafes assassinas" podem ser evitadas com Media Training




A candidata Michele Bachmann é uma das concorrentes à Casa Branca. Durante um discurso público, tentou comparar-se a um emblemático actor de Hollywood: “John Wayne era de Walerloo, Iowa. É esse o espírito que tenho, também”, comparação da qual não retirou nenhum benefício já que o John Wayne de Waterloo, é um famoso serial killer, melhor conhecido como o “palhaço assassino”.  (Jornal I, 29 de Junho 2011)

Ainda é difícil prever as consequências desta gafe, mas, sem dúvida, levantou muitas questões na comunicação social, que dá muita importância este tipo de erros, emitindo muitas noticias relacionadas ao tema, noticias pouco positivas para a imagem da candidata. É por isso que o treino de porta-vozes ou media training tem um papel fundamental na hora de transmitir uma mensagem acorde aos objectivos das empresas, pessoas ou políticos, neste caso. As oportunidades de contactar com os públicos externos são escassas. Há que optimiza-las ao máximo garantindo que se emitem mensagens que vão criar um clima de opinião positivo. Geralmente temos muitas coisas a dizer sobre a nossa empresa ou organização, mas há que saber organizar e transmitir a informação para criar suporte a nossa visão.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Polémico vídeo “O que a Finlândia precisa saber sobre Portugal” foi realizado com software de apresentações Prezi


                                          Clique na imagem para ver o vídeo

A Câmara Municipal de Cascais é a responsável pelo vídeo que está a viralizar-se freneticamente nas redes sociais.  Apresenta uma série de argumentos, factos históricos e opiniões, impregnados de alguma sátira e uma narrativa apelativa, dinâmica, possível graças ao uso do Prezi. Este software veio somar-se a Keynote e  Power Point para ampliar o leque de opções disponíveis na hora de criar uma apresentação.

O Prezi essencialmente combina um mapa mental e o diagrama de fluxo com fotos e texto. Permite bastante movimento nas transições e o uso do recurso de zoom in e zoom out. O preço é bastante acessível e existe uma versão gratuita na sua página. Na minha opinião, a sua principal bandeira, o movimento, pode ter um efeito boomerang e cansar a audiências muito sensíveis, mas, por outro lado, acredito que em situações específicas, como a deste vídeo, o resultado final foi muito bom, desde o ponto de vista narrativo. São quase 7 minutos de imagens e movimento que transmitem uma mensagem forte. Esperemos que inspire audiências dentro e fora de nossas fronteiras.

terça-feira, 26 de abril de 2011

As audiências são perversas ou só espelham as emoções do orador?




Uma chamada de trabalho interrompeu esta tarde um jogo que estava a partilhar com a minha bebé de 10 meses. Fiquei algo preocupada com a informação que recebi. Quando voltei a olhar para a bebé, reparei que ela tinha um inocente ar de preocupação na sua carinha. Comecei a sorrir e ela imediatamente voltou ao ambiente de brincadeira, mas o incidente fez-me lembrar dos fascinantes neurónios-espelho.

Foi em 1996, durante o desenvolvimento de um experimento com macacos que visava aprofundar o estudo do cérebro, quando o cientista Giacomo Rizzolatti da Universidade de Parma (Itália) fez a descoberta que tem vindo a ser considerada uma das áreas mais ricas da neurociência, e foi um acaso do destino. Um membro da equipa agarrou uma uva passa. Imediatamente, no cérebro do macaco, activaram-se neurónios, tal e como se o animal tivesse feito a acção. A partir desse dia as investigações não param de arrojar resultados surpreendentes, mas, em sínteses, podemos afirmar que os neurónios-espelho permitem fazer próprias as acções e sentimentos dos outros. Compreender o seu funcionamento ajuda-nos a perceber, por exemplo, porque nos emocionamos tanto ao ver a dor de um actor num filme. Demonstram -de maneira biológica- que somos seres sociais capazes de entender as emoções alheias.

Aplicando esta teoria ao campo da oratória podemos perceber, claramente, porque as audiências imitam as emoções do apresentador. Se o orador parece nervoso, com vontade a finalizar e ir embora, com certeza o público espelhará este sentimento negativo e estará a contar os minutos para sair da sala. Por outro lado, um apresentador envolvido e apaixonado pelo tema que está a expor irá a gerar uma imitação positiva na audiência, potenciando o seu poder persuasivo e a eficácia na transmissão da mensagem.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Gafe de Sócrates ou erro da TVI?

Clique na imagem para ver video


No passado dia 8 de Abril assistimos -em pleno horário nobre- a preparação do Primeiro-Ministro para a alocução em que iria a anunciar o iminente pedido de ajuda externa, episódio que tem sido alvo de muita critica e até tem sido catalogado de “gafe”.

No meio da profunda crise que estamos a atravessar, esta era uma mensagem já bastante esperada, que, com certeza, viria ser assistida pela maioria da população, uma mensagem que anuncia um histórico terceiro pedido de ajuda internacional (1977, 1983 e 2011), que terá uma marcada influencia na vida dos que em Portugal vivemos. Por isso levanta-se a questão: Por que não praticar a emissão desta relevante alocução? A prática da emissão da mensagem por parte de um porta-voz indica preocupação pela audiência ao fazer um esforço por realizar uma comunicação efectiva, que transmita o conteúdo que realmente se quer passar. Líderes políticos catalogados como grandes oradores dedicam muito tempo a praticar as suas apresentações públicas.
Clique na imagem para ver processo de preparação do Barack Obama


Em matéria de Treino de Porta-Vozes e Media Training é recomendado dedicar uma hora de preparação por cada cinco minutos de discurso. É também muito importante cuidar o plano em que se irá a aparecer em câmara para poder ter um bom contacto visual que facilite uma linguagem não verbal adequada. Estúdios demonstram que 55% do sucesso da transmissão de uma mensagem reside na comunicação corporal. Por tanto, foi um simples erro da TVI, ratificado pelo pivô que afirmou: “assistimos a preparação do Primeiro-Ministro, não foi de propósito…”

sexta-feira, 18 de março de 2011

As mensagens dos imperadores japoneses



Em uma inédita aparição em televisão, o imperador Akihito falou para os japoneses, num discurso tão calmo, realizado com tanta segurança, que o único indicador da gravidade da situação japonesa é o facto mesmo de ter discursado. Desde 1945 que nenhum monarca desse país fazia uma alocução deste género, intervenções reservadas para situações extremas: catástrofes o guerra.

Bastaram cinco minutos desta intervenção sem precedentes para criar um profundo impacto emocional nos japoneses. Além do facto de ser a primeira vez que um imperador discursa no pequeno ecrã, a mensagem foi despojada da linguagem própria da investidura do cargo. A diferença da famosa alocução em linguagem imperial (plena de expressões tradicionais chinesas: kanji) realizada pelo seu antecessor -o imperador Hirohito- na que informou aos japoneses da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial, Akihito falou na linguagem do japonês comum. Transmitiu uma posição de segurança perante a grave crise, ao acompanhar a profunda preocupação que sente com uma comunicação corporal muito calma e serena. Exortou a trabalhar em conjunto: “Espero que juntos, de mãos dadas, superemos estes tempos difíceis". Uma posição de igualdade que derrubou as barreiras dinásticas ancestrais e o colocou muito perto do seu povo.

Em uma outra época, o discurso do imperador Hirohito esteve isento de igualdade. Executado com o tono imperativo próprio do origem divina atribuído a esses monarcas na altura, esteve pleno de elementos que tornaram essa histórica alocução, em uma comunicação persuasiva. Com o intuito de informar ao império da rendição de Japão, na Segunda Guerra Mundial e exortar aos combatentes a depor as armas, o discurso contrastou a situação do país nesse momento –guerra, violência- e as suas consequências, com um futuro de paz, cenário possível através de uma iminente solução: rendição. Mas as palavras derrota ou rendição nunca foram pronunciadas. Apelou ao uso de argumentos, contrastando o problema, as suas consequências, a solução e os benefícios, esquema de comunicação muito persuasivo, transversal para qualquer apresentação pública. Deixo aqui uma breve análise de algumas das mensagens do discurso intitulado: “A difusão da voz da jóia”.

Esquema
Frases
Situação Actual - Problema
-“ Apesar de que generais e soldados do exército (..) tem lutado valentemente (…) já vão quatro anos de guerra..”
Consequências
“…A trajectória da guerra não evoluiu em benefício do Japão”
“A cruel bomba matou muitos cidadãos inocentes”
“..Se continuarmos esta situação, a guerra acabará não só com a nação japonesa, mas também com a civilização humana”.
Solução (Acções)
- Eu, imperador, depois de reflectir profundamente (…)tenho decidido adoptar como solução à presente situação, o recurso a uma medida extraordinária (Rendição)
- “Exijo que evitem qualquer explosão de emoções que possa desencadear complicações desnecessárias”
Benefícios
-“Abrir um caminho até a Paz…”
-“Construir o futuro do Japão….”
Frases empáticas com a audiência: Argumentos da solução
-“Estou consciente dos sacrifícios que terá de suportar o império…”(Fez alusão a objectivos comuns: Conectar com a audiência compreendendo as suas necessidades)
-“Sigam à frente como uma família, de geração em geração, confiando firmemente na imortalidade do Japão divino” (Metáforas persuasivas)
- “O bem-estar dos feridos e das vítimas de guerra, de aqueles que perderam seus lares e seus meios de vida são objecto de minha mais profunda preocupação”. (Profundo interesse pelas necessidades da audiência)






quarta-feira, 16 de março de 2011

El Discurso del Rey: El poder del silencio a la hora de hablar en público

Una mezcla de historia, comedia y drama, aderezados con fina ironía, podrían no haber funcionado muy bien. Sin embargo, son los géneros que aborda magistralmente  “El Discurso del Rey”, película de Tom Hooper que resultó ser la gran vencedora de la 83ª edición de los premios de la Academia.

Lejos de ser ésta una más de las muchas críticas escritas sobre este film, lo que pretendemos es destacar una de las técnicas usadas para mejorar  la habilidad de oratoria del Rey, una que ha sido poco destacada a pesar de su importancia. Es que para nosotros, apasionados por el tema de la comunicación efectiva a través de presentaciones públicas que generen impacto en la audiencia,  este film es una gran referencia.


                                       Haz click en la imagen para ver el trailer

En una fase en que Europa estaba amenazada por un señor austríaco que hablaba muy bien y que asustaba por su capacidad de cautivar las masas con su discurso bélico,  era imperativo para Inglaterra un rey que supiese comunicar y transmitir el  liderazgo y la unión necesarias ante la avanzada alemana. Sin embargo, Bertie (como era llamado en la intimidad del reino), ahora Rey Jorge VI, tenía otra guerra por vencer: graves problemas de dicción y profunda inseguridad. Por eso recibe la ayuda de Lionel Logue (actor Geoffrey Rush), un plebeyo con métodos nada ortodoxos para la época. Técnicas que conducen a Jorge VI a una zona de confort donde transformar su miedo en energía, liberada a través de sus discursos. La práctica constante, abundante en recursos, aprovecha las pausas típicas de la tartamudez como herramienta: el poder del silencio.

En la última práctica, antes de su primer discurso de guerra, mientras un nervioso Jorge VI repetía el texto, con muchas fallas, Logue le pide que pare antes de decir cada frase, que haga una pausa, que deje un espacio en blanco. Su desempeño mejoró notablemente. Diminutas pausas pasaron a ser silencios significativos. Logue le dijo que fue porque las pausas imprimen importancia, solemnidad al mensaje. Irónicamente Jorge VI contestó: “Entonces seré el Rey más solemne de la historia”.

Cuantas veces, en situación de presentación, no hacemos ni una sola pausa por temor al silencio, a tener de lidiar con las miradas en espacios en blanco? Preferimos llenar ese  vacío con palabras que pueden llegar a ser repetitivas. Este recurso del silencio es poderoso, significa que a seguir diremos algo importante, transmite pasión, confianza, convicción sobre lo que viene después, un recurso para tomar en cuenta a la hora de hacer presentaciones, comprobadamente útil hasta en la historia de la oratoria en la realeza británica.




O Discurso do Rei: O poder do silêncio na hora de falar em público

Uma mistura de história, comédia e drama, temperados com fina ironia, podiam não ter funcionado tão bem. No entanto, são os géneros que aborda magistralmente "O Discurso do Rei”, filme de Tom Hooper que foi o grande vencedor da 83ª edição dos prémios da Academia.

Mas longe de ser mais uma das muitas críticas escritas sobre este filme, o  intuito é sublinhar uma das técnicas usadas para melhorar a habilidade de oratória do Rei, uma que tem sido pouco referenciada apesar da sua importância. É que para nós, apaixonados pelo tema da comunicação bem sucedida através de apresentações públicas efectivas, este filme é uma grande referência.




Numa fase em que a Europa estava ameaçada por um senhor austríaco que falava muito bem e assustava pela capacidade de cativar as massas com seu discurso bélico, a Inglaterra precisava de um rei que comunica-se bem, com capacidade de liderança e união ante a avançada alemã. Todavia, Bertie (como era chamado na intimidade pelo reino), agora o Rei Jorge VI, tinha uma outra guerra a vencer: graves problemas de dicção e profunda insegurança. Para isso, recebe a ajuda de Lionel Logue (actor Geoffrey Rush), um plebeu com métodos nada ortodoxos para a época. Técnicas estas que levam Jorge VI a uma zona de conforto onde transformar o medo em energia, libertada através dos seus discursos. O treino constante, abundante em recursos, aproveita as pausas típicas da gaguez como ferramenta: o poder do silêncio.

No último treino, antes do primeiro discurso na guerra, enquanto um nervoso Jorge VI repetia o texto, com muitas falhas, Logue pede-lhe para parar antes de cada frase, fazer uma pausa significativa, um espaço em branco. O desempenho melhorou notavelmente. Diminutas pausas passaram a ser silêncios significativos. Logue disse-lhe que foi porque as pausas imprimem importância, solenidade a mensagem. Ao que ironicamente Jorge VI replicou: “Então serei o Rei mais solene da história”.

Quantas vezes, em situação de apresentação, não paramos de falar por temor ao silêncio, a ter de lidar com os olhares, em espaços sem som? Preferimos preencher o vazio com palavras que podem chegar a ser repetitivas. Este recurso do silêncio é poderoso, significa que a seguir iremos dizer algo importante, transmite paixão, confiança, convicção sobre o que vem a seguir, um recurso para levar em conta à hora de fazer apresentações efectivas, comprovadamente útil até na história da oratória na realeza britânica.